quinta-feira, 29 de agosto de 2013

SUPER ULTRA - Opinião


Todos nós "Ultras" dizemos o mesmo, que todos estão enganados, que não damos largas à violência, à irreverência, à irresponsabilidade. De certa forma todos temos um pouco de razão, mas será que quando temos de ser mesmo responsáveis, o somos?
Tivemos em Fevereiro, na cidade do Lis, a nossa 1ª grande oportunidade de virarmos uma página, a nosso favor, na opinião pública do nosso país, através do Congresso Nacional de Claques de Leiria. Este Congresso tinha tudo para nos afirmarmos como verdadeiros Ultras e mostrar a toda a gente que sabemos ser responsáveis quando queremos e quando devemos. No entanto, voltámos a mostrar a outra face, que infelizmente ainda existe nas claques em Portugal, uma imagem de "Putos" irresponsáveis que não sabem ser minimamente crescidinhos quando o devem ser.
Tivemos a nossa 2ª oportunidade, em Outubro (desta vez em Ilhavo), com o Congresso Nacional de Claques de Ilhavo. Mais uma vez não faltou nada para haver a tal "mudança" dentro do nosso movimento. Desta vez até nem correu mal, mas falou-se muito, discutiu-se muito, mas actos, acções, será que só as faixas serão o suficiente?
Em Portugal e não só, nem todos têm uma mentalidade 100% Ultra. Não se leva muito a sério aquilo que se deve levar a sério, como é o caso de um congresso de claques. Toda esta falta de responsabilidade, faz-me pensar e dar um pouco de razão, quando os No Name declinaram os convites para participarem em congressos, embora os conteste, como muitos, por tudo aquilo que não têm feito pela união e resolução dos problemas existentes no movimento.
Isto tudo faz-me pensar e colocar a seguinte questão: Será que vale a pena continuar a lutar por valores e convicções que não são levadas a sério?

João Freire
Revista SUPER ULTRA, Dezembro de 1996



Sem comentários:

Enviar um comentário